polmarcom2.jpg (12647 octets) E os seres vivos

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CONCENTRAÇÃO NOS SERES VIVOS : BIOCONCENTRAÇÃO E BIOACUMULAÇÃO

        A bioconcentração é o aumento imediato da densidade de um poluente assim que passa da água para um organismo aquático.

        A bioacumulação é a soma das sucessivas absorções de um poluente feitas por via directa, ou via alimentar, por espécies aquáticas. Este fenómeno de bioacumulação é bastante conhecido devido à existência de determinadas espécies capazes de acumular quantidades de substâncias naturais, vários milhares de vezes superiores à concentração encontrada no solo. Assim, as algas dos tipos "Fucus" ou "Laminaria" são capazes de acumular o bromo e o iodo presentes na água dos mares, sendo esta característica aproveitada na extracção industrial destas substâncias. O plutónio, proveniente das centrais de tratamento de resíduos radioactivos e lançado pelo homem nos oceanos, pode ser concentrado até 3 000 vezes mais pelo fitoplâncton e até 1 200 vezes mais pelas algas bentónicas. Este fenómeno tem como consequência uma transladação e o aumento biológico da poluição no interior das biocenoses contaminadas.  Cada cadeia trófica será lugar para um processo de aumento da concentração dos poluentes persistentes na biomassa, à medida que se sobe os diversos níveis da pirâmide ecológica.

 

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       Quando no seu ambiente natural, podemos considerar, salvo raras excepções, que os organismos encontram-se expostos a uma concentração de poluentes insuficiente para os matar.  Contudo, ainda que os efeitos a curto prazo não sejam sempre visíveis, a longo prazo, acabam por se fazer sentir nos comportamentos respiratórios e nutricionais.

       A presença de fosfato, azoto amoniacal e orgânico e de nitrato, é benéfica para a nutrição das algas. Consoante a concentração destas diferentes substâncias, pode acontecer que a diversidade e a produtividade das algas seja afectada.

      Logo, o facto de se conhecer a taxa de absorção de azoto orgânico pelas algas em ambientes poluídos, tais como as "Anteromorpha" e "Ulva", podem ajudar a explicar a pululação de umas espécies em detrimento de outras. Com efeito, estas algas demonstraram uma grande facilidade em assimilar os ácidos aminados presentes nas águas residuais, ricas em matérias orgânicas. Pelo contrário, as algas vermelhas molles e as algas castanhas têm uma reduzida capacidade de acumulação destes ácidos aminados. O que pode constituir uma das explicações para o desaparecimento das algas castanhas "Cystoseira" nas zonas poluídas do Mediterrâneo e a sua substituição, tanto pela alga vermelha calcificada "Corollina", como pelas "Protofloridées", ou ainda pelas "Ulva" ou pelas "Entéromorpha".

    



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