polmarcom2.jpg (12647 octets) Poluição biologica

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UM EXEMPLO: CAULERPA TAXIFOLIA OU "ALGA MORTÍFERA"       

        A Caulerpa taxifolia surgiu no Mediterrâneo em 1984 tendo-se tornado, desde então, protagonista dos "Media" em artigos sobre ecologia. Esta bonita alga de côr verde escura era frequentemente utilizada para ornamentar aquários. Foi vista pela primeira vez em 1984, perto do "Museu Oceanográfico do Mónaco".  Alexandre Meinesz começa a estudar esta alga, pela primeira vez, em 1989. Segundo ele, a alga teria sido introduzida no Mediterrâneo aquando do esvaziamento acidental de um aquário do museu do Mónaco no mar. No entanto esta hipótese nunca foi provada.

 

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       É possível encontrar esta alga desde a superfície até aos 100 metros de profundidade. Possui a capacidade de se desenvolver em qualquer tipo de substrato.  Em 1990, cobria 3 hectares, em 1992, calculava-se que a área ocupada fosse de mais de 100 hectares. Em 1994, ocupava uma área 20 vezes superior a esta, em 1996 povoava mais de 1 500 hectares, ninguém sabe como deter o avanço da Caulerpa, pois a sua multiplicação é ainda favorecida pela inexistência de organismos que dela se alimentem devido à presença de toxinas sintetizadas pela alga.

        O impacto da Caulerpa sobre o ecossistema mediterrânico é considerável. Vivem no litoral mediterrânico diversas espécies vegetais desempenhando na sua maioria um papel bem definido na cadeia alimentar. Ora, esta alga provoca uma acentuada diminuição da bio-diversidade nos meios por ela colonizados.  Observou-se, em 1991, que cobria os bancos de algas de Cymodocea nodosa e sobretudo de Posidonia. De início, o banco de algas de Posidonia parece reagir positivamente ao contacto com a alga, aumentando a sua produção. Posteriormente, após ter sido completamente invadida, revela sinais de "stress" (queda das folhas...) conduzindo a um retrocesso e depois ao desaparecimento total do banco de algas bem como das algas que cresciam conjuntamente com as posidonias.

 

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Apesar de se realizarem pesquisas há já vários anos, ainda não foi encontrado um meio eficaz para conter a proliferação da Caulerpa. Apenas as sucessivas campanhas de arranque manual produzem resultados. No entanto, e apesar destas campanhas, a alga volta a crescer em poucas semanas, a um ritmo muito rápido de alguns centímetros por dia.

 

O "Sartgassum Muticum"

Trata-se de uma alga endémica do Japão, mais conhecida pelo nome de « sargaço gigante ». Esta alga castanha foi encontrada pela primeira vez em 1973 na costa inglesa e em 1975 na costa francesa. Desde então, propagou-se um pouco por todo o lado, desde a Noruega até ao Mediterrâneo.  Encontramo-la até 20 metros de profundidade, em populações por vezes bastante densas. Devido ao seu grande tamanho, cobre a superfície das águas e asfixia as algas vizinhas, tendo-se tornado fonte de diversos problemas ecológicos.

 

Conclusão

         Estes dois exemplos de algas são indicadores de situações frequentemente irreversíveis e por vezes prejudiciais para o ecossistema das zonas invadidas. Dada a dimensão das invasões biológicas e as consequências daí decorrentes, o Conselho Internacional de Exploração do Mar promolgou um « código de conduta » para reduzir o número de novas espécies introduzidas no meio marinho.
    



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